domingo, 27 de novembro de 2011

O Que é Ser Espírita ?

Kardec definira o Espiritismo como uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos, e de suas relações com o mundo corporal. É ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se pode estabelecer com os Espíritos; como filosofia, abrange todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações.

Delanne escreveu que o Espiritismo, que tem por principal objetivo nos demonstrar a existência da alma após a morte, nos dá as indicações precisas sobre a vida futura, nos permite compreender a bondade e a justiça de Deus, nos fornece a explicação de nossa existência sobre a terra. Em uma palavra, é a ciência da alma e de seus destinos.

Nem todos os médiuns são espíritas: os médiuns receberam de Deus um dom gratuito, o de serem os intérpretes dos Espíritos para instrução dos homens, e não para lhes venderem as palavras que não lhes pertencem. Porque elas não são um produto de sua concepção, nem de suas pesquisas, nem de seu trabalho pessoal. A mediunidade não é um privilégio; ela é uma faculdade dada para o bem, que se encontra em toda parte. Os bons Espíritos se afastam de qualquer um que pretenda deles fazer um patamar para fins pessoais, enquanto que os Espíritos levianos são menos escrupulosos, e procuram sempre ocasiões para se divertirem às nossas custas.

O Espiritismo não é mais solidário com aqueles que procuram alguma vantagem em se dizer espíritas, do que a medicina o é com os charlatões que a exploram, como a sã religião não o é com os abusos ou mesmo com os crimes cometidos em seu nome. Não reconhece como seus adeptos senão aqueles que põem em prática seus ensinamentos, isto é que trabalham para sua própria melhora moral, esforçando-se para vencer suas más inclinações, em ser menos egoístas e orgulhosos, mais doces, mais humildes, mais pacientes, mais benevolentes, mais caridosos com seu próximo, mais moderados em todas as coisas, porque este é um sinal característico do verdadeiro espírita.

Se é espírita apenas por simpatizar-se com os princípios da filosofia espírita, e com eles ajustar a sua conduta.

Kardec tinha distinguido quatro classes de espíritas:

1ª Aqueles que se limitam às manifestações; nós os chamaremos de Espíritas experimentadores.

2ª Aqueles que não vêem outra coisa senão os fatos; não compreendem a parte filosófica; admitem a moral que deles depreendem, mas não a praticam; Estes são os Espíritas imperfeitos.

3ª Aqueles que não se contentam em admirar a moral espírita, mas que a praticam e aceitam suas conseqüências. Estes são os verdadeiros Espíritas.

4ª Há enfim os Espíritas exaltados. O exagero em tudo é prejudicial; no Espiritismo, produz uma confiança cega e freqüentemente pueril nas coisas do mundo espiritual e faz aceitar muito facilmente e sem controle aquilo que, pela reflexão e pelo exame, teria demonstrado a sua absurdidade ou impossibilidade. Esta sorte de adeptos é mais prejudicial que útil à causa do Espiritismo.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Finalidades da Reencarnação

1) CONCEITO DE REENCARNAÇÃO

Encontramos no Evangelho Segundo o Espiritismo, mais precisamente em seu capítulo IV, a definição de reencarnação como o retorno da alma ou do espírito à vida corporal, mas em um outro corpo novamente formado para ela, e que nada tem de comum com o antigo. Atualmente o referido vocábulo está presente até mesmo nos dicionários da língua portuguesa, que definem a palavra reencarnar como a possibilidade do espírito reassumir a sua forma material.

Reencarnar (prefixo “re” + encarnar, do latim incarnare) é voltar à carne, ou seja, tornar o espírito a habitar um corpo carnal com o objetivo de se burilar e se aperfeiçoar na senda do progresso a que todos estamos predestinados.

Nos dias de hoje a reencarnação é amplamente discutida e debatida entre todos os seguimentos da sociedade; até mesmo as religiões não-reencarnacionistas guardam enorme respeito aos adeptos da crença das vidas sucessivas do espírito. É cediço que nós espíritas constituímos o único seguimento que ainda se intitula como religião reencarnacionista-cristã. As demais congregações cristãs, como por exemplo o catolicismo ou o protestantismo, admitem a imortalidade da alma, mas não compactuam com a hipótese de o espírito ter a faculdade de renascer em um novo corpo. Entretanto, prosélitos de outras seitas desvinculadas do cristianismo, tais como a Seicho-No-Ie e o Budismo, as religiões afro-brasileiras como a Umbanda e o Candomblé, aceitam a reencarnação como forma natural do aprimoramento e amadurecimento do ser humano, assim como outras doutrinas espiritualistas que vislumbram no Cristo um ente iluminado, crêem na possibilidade da reencarnação, mas não possuem característica religiosa, como é o caso do racionalismo cristão, entre outros.
2) ESQUECIMENTO DO PASSADO

Os críticos mais pertinazes do tema em debate atribuem a não existência da reencarnação ao fato de não nos recordarmos das vidas anteriores. Porém, um estudo superficial não nos daria condições de analisar com a devida clareza as finalidades e justificativas das vidas sucessivas. Talvez em razão disso seja a descrença encontrada no posicionamento de cépticos e censores.

O esquecimento do passado é uma bênção. Deus, na sua infinita sabedoria, permite aos seus filhos voltar à Terra, novamente encarnados, reunidos em um mesmo grupo ou família. Espíritos afins reencontram-se com o objetivo de se aprimorarem e as lembranças de vidas pretéritas prejudicariam o desempenho da criatura na atual existência. Ódios, rancores, amarguras, rusgas e desentendimentos poderiam vir à tona atrapalhando o exercício do amor fraternal no seio familiar ou no grupo de convívio.

A providência divina se encarrega de atender todas as necessidades do espírito encarnado na sua atual existência e as recordações do passado poderiam prejudica-lo em sua missão. O déspota, ao retornar à vida carnal, certamente iria envergonhar-se de sua condição e atravancar o seu progresso em busca da redenção. O soberbo renascido entre os miseráveis e estropiados não admitiria ser rebaixado da posição social em que outrora se encontrava. Inimigos e desafetos encarnados no mesmo círculo familiar, como pais, filhos ou irmãos, fatalmente se digladiariam na hipótese de se recordarem dos malefícios que fizeram um ao outro.

O ato de perdoar ainda é muito difícil de ser praticado em nossa condição evolutiva. Por isso, o esquecimento do passado vem de encontro com às necessidades do espírito. Algozes ferrenhos poderiam aprender o exercício do amor, da paciência e da tolerância, desde que não se recordem das feridas que foram provocadas e o perdão virá de forma natural a dissolver as intrigas existentes entre as criaturas.

Eis o significado da não recordação do que fomos, sentimos ou com quem nos relacionados em existências anteriores. O que deve permanecer tão-somente é a consciência imortal do espírito, que o levará a habitar moradas mais sublimas da Casa do Pai.
3) DIFERENÇA ENTRE RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO

A palavra ressurreição é oriunda do latim, resurrectione, e tem como significado o ato ou efeito de ressurgir ou ressuscitar.

Nos termos trazidos pelo Evangelho Segundo o Espiritismo, a ressurreição supõe o retorno à vida do corpo que morreu, o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo estão, desde há muito, dispersos e absorvidos.

O dogma trazido pela igreja tem o condão de fazer seus fiéis acreditarem na possibilidade acima discutida, o que verificamos ser algo irrealizável.

Os ensinamentos cristãos, oriundos do nosso Mestre Jesus, diziam respeito à reencarnação e não à ressurreição, como veremos a seguir.
4) REENCARNAÇÃO NA BÍBLIA

A bíblia possui inúmeras assertivas acerca da reencarnação, como por exemplo aquela em que Jesus afirma ser João Batista a reencarnação do profeta Elias.

Todavia, o trecho abaixo transcrito do evangelho de São João, nos parece mais adequado ao estudo ora desenvolvido:

Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodememos, senador dos judeus - que veio à noite ter com Jesus e lhe disse: "Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele."

Jesus lhe respondeu: "Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo."

Disse-lhe Nicodemos: "Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez?"

Retorquiu-lhe Jesus: "Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. - O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. - Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo. - O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito."

Respondeu-lhe Nicodemos: "Como pode isso fazer-se?" - Jesus lhe observou: "Pois quê! és mestre em Israel e ignoras estas coisas? Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. - Mas, se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas do céu?" (S. JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12).

Quando Jesus disse a Nicodemos que a carne procede da carne e o espírito procede do espírito, quis dizer que o corpo carnal nasce de um outro corpo carnal, como o filho que cresce no ventre de sua mãe, mas enfatizou que o espírito é imortal e a sua procedência é divina e nascerá em um novo corpo toda vez que houver necessidade de reparação, ajustamento ou evolução.
5) FINALIDADES E JUSTIFICATIVAS

a) Expiação

O vocábulo expiação também é oriundo do latim, expiatione, e tem como significação o ato ou efeito de expiar, isto é, castigo, penitência, cumprimento de pena.

Todavia, sabemos que Deus não castiga ninguém e o sofrimento pelo qual estamos sendo infligidos é fruto dos nossos próprios erros. É bem verdade que a encarnação muitas vezes constitui um aprisionamento para o espírito e poderíamos comparar o planeta Terra, que ainda é um mundo de expiações e provas, a um grande presídio de almas, que padecem dos mais diversos problemas ligados às doenças, à miséria, à violência, etc. Porém, como podemos encontrar na apostila do Curso Básico de Espiritismo da Federação Espírita do Estado de São Paulo, tais sofrimentos, quando suportados com resignação, paciência e entendimento, apagam erros passados e purificam o espírito que assim vai, encarnação após encarnação, libertando-se das imperfeições da matéria.

Muitas pessoas ainda ficam estupefatas quando afirmamos que o sofrimento se faz necessário para a correção das falhas que possuímos. Obviamente, as almas possuem a faculdade de se melhorarem sem as dores e dificuldades infligidas na encarnação, isto quando despertam para uma nova consciência de trabalho em prol da reforma íntima e amor ao próximo. Entretanto, é sabido que muitos desses espíritos ainda relutam em se despojar dos vícios e das más inclinações. Endurecidos e cegos pelo egoísmo e pela vaidade, não conseguem se libertar dos sentimentos que aviltam o homem e, por isso, carecem da expiação terrena para compreenderem melhor os desígnios de Deus.

A expiação é, assim, a alavanca que move o espírito estacionário ao caminho da perfeição.

b) Prova

Entendemos aqui a acepção prova como sinônimo de aprendizado para o espírito. O Livro do Espíritos nos ensina que, em sentido amplo, cada nova existência corporal é uma prova para o espírito.

Prova não significa necessariamente sofrimento, como é o caso da expiação, mas sim a aquisição de novos conhecimentos em virtude de testes a que será submetido o espírito encarnado.

Exemplificativamente, em uma nova existência o espírito encarnado estará sujeito a provas de paciência, de tolerância, de amor, de fé, de perseverança, entre outras, para que possa se depurar e adquirir mais virtudes. É a reforma íntima operando no espírito para que este possa um dia atingir a perfeição.

c) Missão

Também oriunda do latim, missione, possui o sentido de encargo, incumbência de realizar alguma coisa. Ora, todos os espíritos, ao encarnarem, possuem uma missão pré-estabelecida que, segundo os ensinamentos trazidos pelo Colégio Allan Kardec, da cidade de Sacramento, em Minas Gerais, podemos denomina-la de planejamento encarnatório.

Os espíritos mais adiantamos vislumbram quais as possibilidades mais favoráveis ao adiantamento do espírito e, antes deste encarnar, traçam um planejamento de toda a sua existência, desde o nascimento até o desencarne. A família que o receberá, as pessoas de sua convivência, o emprego, a escola, as escolhas e as opções que deverá fazer em sua encarnação.

Tais missões, de modo geral, enquadram-se em papéis de maior ou menor intensidade, de acordo com a capacidade e a elevação do espírito reencarnante. Não podemos confundir a missão definida para cada espírito com a encarnação de espíritos missionários, que são os avatares incumbidos de grandes realizações no planeta, como é o caso dos espíritos sublimes que nos trazem tantos ensinamentos de conduta moral é ética. É por isso que preterimos a palavra missão pelo vocábulo tarefa, pois nossas realizações ainda são pequenas diante da grande responsabilidade assumida por um espírito missionário.

Mas, são essas pequenas tarefas que nos ajudarão a crescer moral e espiritualmente e que nos conduzirão ao reino de felicidade anunciado por Jesus.

d) Cooperação na Obra do Criador

Aprendemos no capítulo XI, item 24, da Gênese de Allan Kardec, que o trabalho inteligente realizado pelo espírito encarnado em seu proveito sobre a matéria, concorre para a transformação e o progresso material do globo em que habita; assim é que, progredindo ele mesmo, colabora na obra do Criador, de que é agente inconsciente.

Todas as almas estão obrigadas a esta cooperação de que fala a codificação kardequiana. Além daquilo que temos a expiar, além das provas a que somos submetidos e além de cumprir fielmente a missão ou tarefa a que nos propomos, devemos colaborar com esta grande obra, que é o alcance da perfeição humana.

Algumas almas mais preguiçosas poderiam esbravejar dizendo o seguinte: quer dizer então que, além de sofrer (expiação), ser submetido a testes (prova) e cumprir tarefas estipuladas em minha vida (missão), ainda devo ajudar a Deus? E a resposta é SIM. Obviamente que sim. Ninguém alcançará a perfeição sozinho. Ninguém estará plenamente feliz enquanto houver uma alma sequer sofrendo. A caridade trazida como o caminho para a salvação é a máxima cristã da mais pura beleza e veracidade. O capítulo XIII do Evangelho Segundo o Espiritismo contém pérolas de ensinamentos que trazem aos homens o real significado de uma existência: auxiliar ao próximo em suas carências sem ostentação. Eis a nossa verdadeira missão. A despeito da pergunta formulada acima, Jesus fatalmente nos responderia o que segue: se desejosos de atingires a perfeição, olhai primeiro para baixo de vós, e vereis quantos estão a sofrer e padecer das mais cruéis e inúmeras dificuldades da matéria. Auxiliai primeiro estes para serdes auxiliados depois.

Trabalhando, sendo operosos e fazendo a nossa parte enquanto espíritos encarnados, estaremos dando a nossa parcela de contribuição, somo singelos operários a serviço do Grande Arquiteto do Universo.

e) Ajudar a Desenvolver a Inteligência

A encarnação também tem como escopo o desenvolvimento intelectual do espírito. Todavia, essa gama de conhecimentos que se adquire através das várias existências deve servir para conduzir as inteligências retardatárias ao Criador. Como nos ensina o Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo VII, a inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada. Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance.

Se o meio onde o espírito habita lhe favorece o aprimoramento de seus conhecimentos, ele deverá reparti-lo com aqueles que não tiveram as mesmas condições e oportunidades.

Por outro lado, cultura não é sinônimo de sabedoria. De nada adianta a alma acumular conhecimentos de toda espécie e não praticar o amor e a caridade em sua vida. Poderíamos comparar essa inteligência a um automóvel muitíssimo veloz e sofisticado, mas que não possui um hábil condutor: fatalmente se chocaria por não estar governado por mãos caridosas e amoráveis. Melhor seria possuir parcos recursos intelectivos, mas conduzindo os ditames da vida com bom senso e discernimento, auxiliando sempre aqueles menos afortunados do caminho.
6) CONSIDERAÇÕES FINAIS

Também se constitui como uma das finalidades da reencarnação o refazimento do corpo perispiritual. É cediço que o espírito desregrado, preso aos vícios e às paixões que envilecem o homem, ao desencarnarem, podem chegar a perder sua forma perispirítica. Assim como o suicida, que do mesmo modo compromete gravemente o seu corpo fluídico, é dada a oportunidade de uma nova existência tão-somente para o restabelecimento desse corpo. Geralmente, essas encarnações se dão de forma compulsória, sem a aquiescência do espírito encarnante, mas a discussão mais detalhada sobre esse assunto implicaria em delongar mais o nosso trabalho, o que não é o nosso objetivo.

Desejamos aqui apenas ressaltar a importância do conhecimento das finalidades da reencarnação para que possamos efetivamente aplicá-las em nossas vidas, em todas as suas nuances. Expiando nossas faltas, aprendendo com as provas a que somos submetidos, cumprindo rigorosamente a missão (tarefa) a que nos propomos na pátria espiritual, colaborando na grande obra da criação e desenvolvendo nossa inteligência, estaremos dando largos passos a caminho da evolução e, conseqüentemente, da nossa própria felicidade.

Que o bondoso Mestre Jesus possa nos amparar diante dessa caminhada, para que os fardos pesados se tornem mais leves e suportáveis em nossa atual existência.

Fábio Gallinaro

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Notas Sobre o Estado de Saude de Raul Teixeira



Estimados irmãos,
Deus nos abençoe!


Informamos que o médium e conferencista espírita José Raul Teixeira
sofreu um Acidente Vascular Cerebral Agudo Isquêmico no dia 15/11/2011, dentro do avião em que viajava para os EUA onde iniciaria uma série de conferências espíritas.


Logo após o pouso em New York - EUA, Raul Teixeira deu entrada na Unidade de Tratamento Intensivo do Jamaica Hospital Medical Center (8900, Van Wyck Expressway Jamaica, New York, 11418), consciente, com o lado direito do corpo comprometido, comunicando-se com dificuldade, onde iniciou aos primeiros exames e tratamentos.


Realizadas tomografias para detectar as possíveis causas do ocorrido e para traçar diretrizes preventivas de eventos da mesma natureza, foi constatado que o AVC não era o mais agressivo, mas o quadro inspirava cuidados. Os médicos puderam presumir que entre o momento do AVC e a entrada dele ao hospital teriam se passado de cinco a seis horas, o que num caso deste é um problema seríssimo.


No primeiro dia Raul solicitou voltar ao Brasil o mais rápido possível, retorno esse não aconselhado pela equipe médica devido ao seu estado clínico. Confrades espíritas de New York então se fizeram junto dele nos primeiros momentos, e no dia 17/11 chegaram familiares para dar-lhe apoio.


No dia 19/11 ele foi transferido para um hospital mais especializado, e permanecendo no CTI continuou recebendo sessões de fisioterapia intensiva e de fonoaudiologia com melhoras surpreendentes dos movimentos da perna direita e dos dedos, bem como das cordas vocais.


No dia 21/11, quando colocado de pé em um aparelho destinado a exercitar o caminhar, embora apoiado pela fisioterapeuta, caminhou com segurança. O sucesso foi tamanho que os médicos colocaram-no para repetir sem o aparelho. Superando as expectativas caminhou até o quarto,sem se cansar, numa distância aproximada de 60 m.


Os queridos companheiros que o acompanham neste primeiro momento são unânimes em registrar sua capacidade de superar as limitações atuais, a cada instante, contagiando a todos que o cercam. Os médicos estão impressionados com sua rápida evolução, o que nunca presenciaram em trinta anos de trabalho com pacientes de AVC, afirmam eles. Atribuem este acontecimento, não só à sua força de vontade, mas também à fé e às preces de todos.


Contatos continuam compreensivelmente restritos no intuito de preservá-lo em um ambiente calmo, no entanto, Raul pede que oremos, emitindo vibrações de saúde e de paz para todos.


Segue sob os cuidados médicos.


Fábio Caetano da Silva. RJ, 22/11/2011.

domingo, 20 de novembro de 2011

Nunca perca a Esperança, Pois Temos um Pai que Controla tudo!

Queridos(as) Irmãos(ãs)

Hoje tenho um relato que vai reforçar O título acima.
Há uns vinte anos atrás, sofri uma infecção nas amídalas, a qual foi diagnosticada após um leucograma onde a contagem de leucócitos chegou a 14.000, fiquei hospitalizado onde me foram aplicados medicamentos para combater a infecção. Após a aplicação dos medicamentos desenvolvi uma reação alérgica muito forte, onde o médico que cuidava de mim aplicou corticóides para aliviar a reação alérgica.
Aconteceu que o mesmo médico talvez por esquecimento continuou com os corticóides mesmo após a melhora da alergia o que fez minhas defesas orgânicas cairem e os leucócitos chegaram a 20.000.
Mas, Deus que tudo sabe, mandou meu querido irmão médico que estava viajando(hoje está na Espiritualidade) que ao saber se dirigiu ao hospital que Eu me encontrava e conversou comigo, leu a prancheta de tratamento e localizou um erro no procedimento, pois notou se continuasse no corticóide não resistiria e pediu a mim que já me encontrava com dores no corpo todo, que falasse com o médico que Eu desejava ser transferido e que a partir daquele momento meu irmão iria tomar a frente do tratamento. O médico ficou meio receoso em me liberar com medo de descobrir seu erro. Mas, após várias argumentações de minha parte me liberou.
Então começou meu calvário, pois ao sair do hospital foi constatado que já estava com 41.400 leucócitos, sendo uma infecção generalizada, onde cheguei junto ao meu irmão e disse, mano: acho que vou morrer e Ele respondeu não vai não,vou fazer o possível e o impossível com a ajuda de Deus vc ficará curado.
A essa altura já me encontrava paralítico, verde, com dores terríveis e meu abençoado irmão sempre junto a mim, minha família estava toda já chorando, tinha noites que pensavam que eu não amanheceria o dia vivo, mas no auge da dor, cantava a música de São Francisco de Assis, onde minha mãe olhava para mim e desabava no choro. A espiritualidade maior que tomou meu amado irmão como instrumento para tratar meu corpo, sempre ajudou em todos os momentos, até que um dia Eu cantava a música de Francisco de Assis e orava, já pensando no desencarne, mas sempre mostrando confiança em Jesus, ouvir dentro de mim essas palavras que nunca esquecerei:"Nada temas Eu estou contigo", nesse momento virei para minha mãe e disse: mamãe, Eu vou ficar bom! Ela em desespero pensou que Eu tinha perdido a noção das coisas e me perguntou: Por que vc disse isso? Eu resposndi: Porque essa doença não pode comigo, pois Jesus está dentro do meu coração e vou vencer, qual doença pode com Jesus?
Meu querido irmão continuou com meu tratamento corporal e Jesus com o Espiritual e graças a esse ser Divino e Maravilhoso dentro de duas semanas já estava andando para o espanto de todos. Passei algum tempo me recuperando e não tenho nenhuma sequela graças a Misericórdia divina, com seus médicos maravilhosos ao comando de Deus Pai todo poderoso e ao meu querido e amado irmão que serviu de instrumento para a Espiritualidade.
Por tudo que passei, digo de coração, nunca perca a fé, seja em que momento for da sua vida, pois a misericórdia de Deus é infinita e vc não pode se adiantar a vontade do Pai de amor.
Obrigado Jesus por tudo que recebi do teu amor infinito!

Antonio Carlos Laranjeira Miranda.

José Raul Teixeira

José Raul Teixeira (Niterói, 7 de outubro de 1949) é um médium brasileiro.
Sexto e último filho de Raul dos Santos Teixeira e Benedicta Maria da Conceição, é licenciado em Física pela Universidade Federal Fluminense, Mestre em Educação pela mesma Universidade e Doutor em Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Exerce o cargo de professor na Universidade Federal Fluminense.
Em Niterói, junto de alguns companheiros de ideal, fundou, em 4 de setembro de 1980, a Sociedade Espírita Fraternidade (SEF), da qual é Diretor. Através do seu departamento social Remanso Fraterno, a SEF desenvolve um trabalho de assistência a crianças socialmente carentes da região e a seus familiares, apoiando-as material e moralmente.
Raul Teixeira, como é conhecido no movimento espírita, é um orador muito requisitado no Brasil e no exterior, já tendo visitado todos os estados do Brasil e dezenas de países levando a mensagem espírita.
Psicografou diversas obras, ditadas por vários espíritos, num total de vinte e seis livros publicados até o ano de 2006. Desses livros, alguns foram traduzidos para o espanhol, o inglês e o italiano, sendo que os direitos autorais de todos eles pertencem à obra social Remanso Fraterno, para possibilitar os serviços que presta à comunidade.
Bibliografia

Livros psicografados
A Carta Magna da Paz (pelo espírito Camilo)
Cântico da Juventude (pelo espírito Ivan de Albuquerque)
Cintilação das Estrelas (pelo espírito Camilo)
Correnteza de Luz (pelo espírito Camilo)
Desafios da Meduinidade (pelo espírito Camilo)
Desafios da Vida Familiar (pelo espírito Camilo)
É Melhor ser Amigo - infantil (pelo espírito Levy)
Educação e Vivências (pelo espírito Camilo)
Em Serviço Mediúnico (pelo espírito Hans Swigg)
Exalatação ao Brasil - poesias (pelo espírito Sebastião Lasneau)
Justiça e Amor (pelo espírito Camilo)
Não Vale a Pena Mentir - infantil (pelo espírito Levy)
No Rumo da Sublime Estrela (por diversos espíritos)
Nos Passos da Vida Terrestre (pelo espírito Camilo)
Para uma Vida Melhor na Terra (por diversos espíritos)
Para Uso Diário (pelo espírito Joanes)
Quem é o Cristo (pelo espírito Francisco de Paula Vítor)
Revelações da Luz (pelo espírito Camilo)
Rosângela (pelo espírito Rosângela Costa Lima)
Vereda Familiar (pelo espírito Thereza de Brito)
Vida e Mensagem (pelo espírito Francisco de Paula Vítor)
Vozes do Infinito (por diversos espíritos)

Livros de sua autoria ou em parceria
Diretrizes de Segurança, em parceria com Divaldo Pereira Franco
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Vamos continuar com a corrente de oração para este abnegado Ser que nos proporcionou
tanto conhecimento da Doutrina de Jesus, se recupere e continue a nos instruir em busca de um mundo melhor. Que Jesus o ilumine hoje e sempre!

Raul Teixeira Apresenta Melhoras e Supreende os Médicos

O médium e orador Raul Teixeira permanece internado no Jamaica Hospital Medical Center, em Nova Iorque (USA) após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no dia 15 de novembro durante voo para uma série de conferências nos Estados Unidos.
Segundo a Diretoria da Sociedade Espírita Fraternidade, Raul Teixeira apresenta melhoras importantes na articulação, mantém a lucidez, já vem sendo alimentado com alimentos pastosos, o que antes acontecia somente com soro, além das demonstrações de felicidade com a presença de amigos que foram do Brasil apenas para estar com ele.
Ainda de acordo com a Diretoria, até o momento os exames já realizados tem resultados satisfatórios, principalmente no que se refere ao coração. Outro fato destacado, é a surpresa relatada pela equipe médica, devido as inúmeras manifestações de carinho que chegam, inclusive de outros países, em busca de notícias sobre o estado de saúde de Raul Teixeira e vibrações por sua recuperação.
Os médicos presumem ainda que o momento em que Raul Teixeira sofreu o AVC e foi atendido, passaram-se entre 5 e 6 horas, o que pode ter agravado seu estado, pois somente após o pouso da aeronave os comissários perceberam que Raul necessitava de atendimento médico, uma vez que o médium permanecia imóvel durante o voo, dando a impressão de estar dormindo, como outros passageiros.
Raul Teixeira é um dos conferencistas mais requisitados no Brasil e no Exterior, por sua colaboração à Doutrina Espírita em mais de 45 países e 35 obras publicadas, dentre elas as mais recentes “Não tenha Medo dos Espíritos”, “Minha Família, o Mundo e Eu” e “Quando A Vida Responde”.
Natural da cidade de Niterói (RJ), Raul Teixeira é licenciado em Física, Mestre e Doutor em Educação. Professor aposentado da Universidade Federal Fluminense. É um dos fundadores da Sociedade Espírita Fraternidade, localizada em Niterói (RJ), instituição que mantém uma obra de Assistência Social Espírita denominada “Remanso Fraterno”, onde atende crianças e família socialmente carentes, apoiando-as no seu soerguimento material e espiritual.
Neste momento em que sua saúde está fragilizada, encontra-se uma grande oportunidade de retribuir a grandeza de seu trabalho no auxílio à comprensão e vivência dos ensinamentos doutrinários, através das preces e vibrações positivas em prol de seu restabelecimento.
Fonte: United States Spiritist Council, FEB, Rede Amigo Espírita e www.raulteixeira.com

terça-feira, 15 de novembro de 2011

RAUL TEIXEIRA

Prezados Irmãos!

Hoje em peno vôo para o EUA, onde faria uma série de palestras, o nosso querido RAUL TEIXEIRA, sofreu um AVC. O Mesmo está internado em uma UTI no Hospital Jamaica em Nova York

e seu caso inspira cuidados.
Vamos todos formar uma corrente de orações, para o pleno restabelecimento do nosso querido Irmão que tanto tem feito pela Doutrina Espírita.
Que Jesus e os espíritos encarregados os acompanhe hoje e sempre em nome de Deus.
Muita paz!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Insuperável Brandura

Uma contribuição da Irmã Lídia

Quando você for defrontado por alguém violento,
que o agrida verbalmente ou o ameace fisicamente,
recorde-se de que ele é muito infeliz.
Todo aquele que não recebeu amor na infância ou
foi vítima de insucessos emocionais, sempre perde
o endereço de si mesmo e se torna inimigo dos
outros.
Conceda-lhe a graciosa dádiva da bondade que
não o torna mais desventurado.
Não há quem resista a um indisfarçável gesto de
benevolência.
Surpreendido pela astúcia dos perversos, sempre
hábeis na arte de infligir sofrimentos aos outros,
tenha em mente que eles são também impiedosos
para consigo mesmos.
A sua desorientação provém de experiências
amargas, nas quais sofreram crueldades e
abandono.
Proporcione-lhes o ensejo de despertar,
dando-lhes compreensão.
Ninguém recusa amor, mesmo que, aparentemente
reaja com aspereza, o que é falta de hábito em
recebê-lo.
No pandemónio da revolta que grassa violenta em
toda parte, anunciando desastres morais e
conjunturas físicas dolorosas, reserve-se o direito
de permanecer em paz.
O aturdimento que procede de alguns poucos,
facilmente contamina o grupo social que se perturba.
O agitador, é alguém que se sentiu desrespeitado
nos seus direitos de criança e, na ocasião, não
soube administrar a ira nem a frustração, agora
tornadas bandeiras de comportamento doentio.
Seja amistoso para com ele, apresentando-lhe o
outro lado da existência humana. O ser carente vive
armado contra tudo e todos, até o momento em que
se sente rociado pela presença da brandura.
No crepitar das labaredas das acusações e calúnias
contra alguém, gerando situações asfixiantes e más,
continue portador de generosidade para com a vítima.
Quem delinque, perde-se no labirinto de terríveis
alucinações morais.
Não fustigue mais o desditoso, antes aplique
temperança para com ele.
O solo que arde, não pode receber mais calor, e sim,
água refrescante que lhe diminua e aplaque a
temperatura elevada.
Todos somos sensíveis à compreensão de alguém
para connosco.
Perseguido pela inveja ou malsinado pela insensatez
daquele que não gosta de você, resguarde-se na
compaixão para com ele.
A insegurança que o leva a afligi-lo é resultado da
família com a qual viveu e de quem somente recebeu
lições de impiedade e malquerença.
Ele gostaria, por certo, de ser como você, e, na
impossibilidade de que se dá conta, tenta
amargurá-lo.
Ofereça-lhe o silêncio em resposta de brandura, que
o alcançará inexoravelmente, alterando-lhe a atitude
interior. Nada pode detê-la, e quem a recebe jamais
prossegue como antes.
Na raiz de muitos males, que afligem e desconcertam
a criatura, o desamor de que foi objeto, na atual ou
em anterior reencarnação, é o responsável pelo seu
transtorno.
Naturalmente, quem lhe experimenta o aguilhão
impiedoso deseja libertar-se, defendendo-se e
acusando, reagindo.
Não existe, porém, defesa real quando se agride nem
se conquista harmonia quando se entra em debates
de violência.
Nunca aceite as injunções do mal nem as arruaças
dos desordeiros, simplesmente deixando de
conceder-lhes consideração.
Você cresce na vertical do amor, tendo por dever
levantar caídos e nunca torná-los mais vulneráveis
ao mal que neles reside.
Viva com brandura e esparza-a, tornando o mundo
melhor e as criaturas menos desesperadas.
Somente quem ama e se reveste de bondade pode
resistir aos conflitos e desafios perturbadores da
sociedade agressiva que prefere ignorar o Bem.
(Marco Prisco & Divaldo Pereira Franco)

sábado, 12 de novembro de 2011

Preconceito contra o Espiritismo

Ainda existe, em maior escala do que se pensa, o medo do Espiritismo. Há pouco, fomos procurados por uma pessoa que, sentindo evidentes perturbações de origem mediúnica, e tendo percorrido os consultórios de psiquiatria, vira-se obrigada a recorrer aos “recursos espirituais”, segundo dizia. Quando soube que não estava tratando com um “espiritualista”, mas com um espírita, assustou-se de tal maneira, que viu-se forçada a confessar o seu medo. “Se eu soubesse que o senhor era espírita - declarou - não o teria procurado.”

A verdade é que, apesar disso, acabou se convencendo de que o Espiritismo poderia ajudá-la, e mais tarde tornou-se espírita. Mas não foi muito fácil arrancar-lhe da mente o pavor doentio que lhe haviam infundido. Sacerdotes, pessoas da família, amigos e médicos, todos haviam contribuído para que o medo se enraizasse em sua alma. Terrível medo, que a desviava da única solução possível para o seu problema.

E o que é mais curioso, a maior contribuição para esse estado de temor foi dado por certas publicações espiritualistas, que apesar de admitirem a reencarnação e a lei de causa e efeito, condenam a mediunidade, pintando-a com as mais negras pinceladas.

O preconceito anti-espírita assemelha-se muito à prevenção contra o Cristianismo, no mundo antigo. As pessoas que temem o Espiritismo não conhecem a doutrina, dão ao termo aplicações indevidas, perdem-se num cipoal de lendas e suposições a respeito das sessões espíritas. Em geral nos acusam de endemoniados, necromantes, feiticeiros e coisas do mesmo teor, como faziam gregos e romanos com os cristãos primitivos. E essas deturpações do Espiritismo não são apenas orais, correndo entre pessoas simples. Figuram também em publicações eruditas, revistas, jornais, livros de ensaios e estudos, com signatários cultos.

Pitágoras já dizia que a Terra é a morada da opinião. E como a opinião é a coisa mais frívola que existe, a mais incerta e a mais irresponsável, não é de admirar que tanta gente opine sobre o que não conhece. Mesmo entre os letrados, a opinião é um hábito enraizado. Mas é evidente que, quando se trata de uma doutrina espiritual, esposada por tantos homens de projeção no mundo das ciências e do pensamento, em todo o mundo, as pessoas de cultura, ou mesmo de mediana cultura, deviam ter mais cautela ao se manifestarem a respeito. Porque se é livre o direito de opinar, não é menos livre o direito de se julgar o senso de responsabilidade de quem opina.

O maior motivo de temer do Espiritismo é o próprio temor. Ou seja: é a covardia humana, essa terrível covardia que faz os homens estremecerem de horror diante do perigo de mudarem de posição diante da vida e do mundo. O Espiritismo, entretanto, não exige outra mudança, senão a da concepção estreita de uma vida utilitarista e falsa, para a ampla concepção de uma vida espiritual, profunda e verdadeira.

Quanto ao problema das relações com o mundo invisível, o Espiritismo não estabelece essas ligações, que existem na vida de todas as criaturas, mas apenas as explica e orienta, dando-lhes o verdadeiro sentido no processo da existência.

Temer o Espiritismo é temer a verdade, que os seus princípios nos revelam, apesar de todos os que lutam para deturpá-los.


Do livro “O Homem Novo” - Herculano Pires

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Sabe Onde Estamos nos Perdendo?

É comum surgirem crises nas instituições humanas. Somos seres falíveis, com inúmeras limitações e dificuldades, e nossas falhas pessoais refletem-se diretamente nas atividades a que nos dedicamos ou nas instituições a que nos vinculamos, seja na condição de funcionário, voluntário, diretor ou mero colaborador.

Estas crises podem receber vários títulos: desorganização, desencontro, melindres, desentendimentos, agressões, separações, divisões, disputas, intrigas, “fofocas de bastidores”, abandonos, brigas, inimizades, calúnias, desastres financeiros e administrativos, entre tantos outros adjetivos que poderíamos colocar.

E as instituições espíritas, compostas por seres humanos igualmente falíveis que todos somos, não estão livres desses pesadelos que colocam a perder grandes investimentos de pioneiros, no passado, como de dedicados trabalhadores do presente. Isso nos dois planos da vida e não exclusivamente do ponto de vista material, mas especialmente na valorização da condição humana nas diversas áreas que se queira relacionar.

Muitas dessas crises são oportunidades de crescimento; outras poderiam ser evitadas e muitas – a maioria delas – simplesmente surgem porque ainda nos deixamos perder por bagatelas do relacionamento. Porém, sabe-se de onde se originam?

É simples. Muitas crises são construídas paulatinamente pela nossa invigilância, quando:

a) Consideramo-nos indispensáveis;

b) Tornamo-nos centralizadores e deixamos de preparar sucessores ou continuadores;

c) Desejamos impor pontos de vistas, considerando que somente nós sabemos;

d) Tornamo-nos indiferentes aos sentimentos das pessoas;

e) Desejamos fazer como achamos que deve ser feito, desconsiderando posições alheias;

f) Desejamos abraçar todas as tarefas, concentrando-as em nossa incomparável capacidade e experiência;

g) Tomamos para nós o título de enviado, missionário, porta-voz da espiritualidade ou aquele trabalhador sempre consciente e infalível;

h) Tornamo-nos fiscalizadores da conduta alheia;

i) Deixamo-nos levar pela crítica contumaz aos esforços alheios...

j) Quando levamos para o lado pessoal...

k) Quando consideramos as outras pessoas incapazes de levar adiante qualquer tarefa e as marginalizamos pelo ponto de vista de nossa opinião pessoal.

Será preciso continuar com tão nefasta relação? Não, são as circunstâncias humanas, não é mesmo? Infelizmente. Mas é daí que surgem as crises, que nem sempre são construtivas. Nossos pensamentos infelizes, nossa língua inoportuna, nossos gestos e posturas destroem iniciativas e “matam” ambientes, relacionamentos e instituições.

Pessimismo? Exagero? Penso que não.

Estamos nos deixando perder por bagatelas... Voltemo-nos para a finalidade principal de nossa amada e grandiosa Doutrina Espírita: o aprimoramento moral de nós mesmos.

Artigo gentilmente cedido por Orson Peter Carrara

sábado, 5 de novembro de 2011

Caminhando para o Suicídio Inconsciente

A invigilância moral que nasce e se estrutura na ignorância humana com relação ao conhecimento da vida espiritual, tem dizimado milhões de criaturas através dos tempos, e o pior é que continuará sua marcha lúgubre.

O Espiritismo vem tirar da pasmaceira moral os espíritos aqui reencarnados a fim de que melhorem, um pouco que seja, a qualidade de suas vidas, fazendo-os ver e sentir as conseqüências de seus vícios, paixões e desatinos cultivados através do corpo carnal.

Nessas horas de devaneio a criatura se deixa envolver por espíritos de baixo astral, ou de baixo padrão vibratório, quando o ser perde o domínio integral de si mesmo. Criam-se algemas cruéis, difíceis de serem abertas. É a malha do vício que aprisiona, cerceia a liberdade, impõe condições, passa a dominar.

Queremos nos referir ao tabagismo, esquecendo por enquanto os demais, como por exemplo o alcoolismo, o uso de drogas, a maledicência, o hábito de caluniar, a glutonaria, o sexo em desregramento, a violência, etc., etc., tudo isso causando sérios curtos-circuitos no perispírito do viciado, energeticamente desestruturando-o, lamentavelmente, tendo em vista que ele será o molde do novo corpo físico da próxima reencarnação do viciado.

Segundo dados colhidos num trabalho sobre saúde, da jornalista Magaly Sonia Gonzales, publicado na revista "Isto É", de julho de 2000, "o vício do fumo foi adquirido pelos espanhóis, junto aos índios da América Central, que o encontraram nas adjacências de Tobaco, província de Yucatán. Um dos primeiros a cultivar o tabaco na Europa foi o Monsenhor Nicot, embaixador da França, em Portugal, de onde se derivou o nome nicotina, dado à principal toxina nele contida".

Através das constatações médicas científicas, verifica-se que o fumo é um veneno para o corpo. Como aliado deste princípio, encontramos os preceitos médicos/morais do Espiritismo, que mostra o fumo como um destruidor da mente, que provoca tonteiras, que enseja vômitos no estômago, dispara perturbações brônquicas nos pulmões e no sangue; é um agente envenenador, com ameaças de leucemia.

O tabagismo se apodera do viciado em processo lento mas contínuo, fazendo-o mais uma "vítima", inicialmente de si mesmo, depois dele, o fumo. Em verdade, o viciado se torna escravo de sua vontade pusilânime. O tabagismo é uma doença que, tratada a tempo, tem cura, requerendo do viciado, no entanto, muita obstinação para dele se desvencilhar, determinação esta que ainda não é apanágio dos espíritos aqui residentes.

Para deixar o cigarro é preciso readquirir o poder da vontade que se estiolou diante da prepotência, do autoritarismo da nicotina e seus sequazes.

O viciado é aquele que perde o comando da mente.

A luta do viciado pela recuperação do controle da vontade torna-se mais acerba pelo fato do vício haver encontrado quem lhe insufla maior potência: os espíritos desencarnados tabagistas. As mentes de além-túmulo não se desvinculam com facilidade, sem mais nem menos, deste foco que alimenta seus desregramentos: o fumante terreno.

Os efeitos do tabagismo são devastadores, a saber: afeta o sistema respiratório, provocando bronquite, enfisema, câncer pulmonar, angina do peito, laringite, tuberculose, tosse e rouquidão; ataca o sistema digestivo, dificultando o apetite e a digestão, além de provocar úlcera gastroduodenal, hepatite; aumenta a concentração do ácido úrico, instalando a chamada gota; o sistema circulatório sofre com o aparecimento de varizes, flebite, isquemia, úlceras varicosas, palpitação, trombose, aceleração de doenças coronarianas e cardiovasculares; o sistema nervoso, sempre muito sensível, leva à uremia, mal de Parkinson, vertigem, náuseas, dores de cabeça, nervosismo e opressão. A falta do fumo no organismo do viciado gera ansiedade, angústia, desencadeando crises, convulsões e espasmos. Instala-se, como se depreende, toda uma dependência mental, psíquica e física.

Para os indígenas, a fumaça afastava os "maus espíritos", daí o surgimento dos defumadores. Os pajés jogavam folhas secas no braseiro, ao mesmo tempo em que invocavam os seus deuses. Com o passar do tempo, habituaram-se a fazer um rolo de folhas secas de tabaco, fumegantes, aspirando e tragando a fumaça, o que neles provocava sensações de prazer. Nascia aí, para a desgraça de tantas pessoas e o enriquecimento despudorado de muitas outras, o vício de fumar.

Rogamos a Deus que surjam, cada vez mais, medidas restritivas aos fumantes e aos que propagam o cigarro, como também exemplos de abominação ao tabagismo nas famílias, nas escolas e na sociedade em geral. Com tal procedimento se dará uma demonstração de que o tabagismo é um suicídio em processo inconsciente lento, porém pertinaz.

A tendência do tabagismo é desaparecer antes do alcoolismo. Os dois têm seus dias contados na face da Terra.

Os males de um vício altamente destruidor da vida física, como o tabagismo, destrói também a vida espiritual pelo fato de lesar o perispírito. Acompanhando o espírito na erraticidade, não só de imediato aparecem as seqüelas, mas também no seu retorno à vida carnal, num novo corpo altamente comprometido, estruturado que se acha em matriz defeituosa - o perispírito.

Largar o tabagismo, dizem os entendidos, tem de ser feito de uma só vez. Não concordamos tacitamente com isso, tendo em vista que cada criatura tem suas próprias reações orgânicas. O resultado que se obtém em relação a um caso pode ser diverso daquele que se constata em um outro. Deve-se, entendemos, colocar em ação todos os recursos existentes e, estando a pessoa determinada a parar com o uso do cigarro, surgirá o meio mais eficaz, o que seja mais aconselhável para o seu organismo reagir ao assédio do vício. Referimo-nos ao fato de que, na hora em que o viciado se predispõe a deixar o vício, logo a Espiritualidade Superior passa a cuidar do caso, a ele se dedicando com determinação e amor. O resultado só poderá ser o melhor - libertação do vício.

O Espiritismo analisa o tabagismo como um "inimigo" do ser humano que precisa ser "eliminado". Sendo um gerador de doenças e de dependências, merece do Espiritismo uma batalha sem trégua. Contudo, ele atuará sem violentação de consciências, somente ajudando, com a sua terapia, a quem quer ser ajudado.

O viciado recebe do Espiritismo, além de informações fornecidas pela medicina tradicional quanto aos males provocados pelo fumo, o alerta contra as obsessões e as desastrosas conseqüências no campo energético do espírito, fator este a exigir atenções especiais e procedimentos profundos na mentalização do fumante.

Mostra a Doutrina Espírita a necessidade não só de se cuidar do corpo, mas, sobretudo, do espírito e de seu campo vibratorial, o perispírito.

A visão reencarnatória é o principal fator que induz reformulação dos valores éticos/morais de quem se aproxima do Espiritismo, pois ela representa, acima de tudo, o uso da lógica e da razão na busca de uma melhor compreensão da vida, abrangendo o aspecto dual da existência: o material e o espiritual.

Compete-nos, portanto, ajudar os nossos irmãos a irmãs que se encontram sob o jugo do vício a fugirem desta forma sub-reptícia de mergulhar num suicídio inconsciente.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Àlcool, Um Passo Para a Morte

A bebida alcoólica carrega um detalhe interessante, qual seja, o de ser uma das mais poderosas e destruidoras drogas a infelicitar o ser humano, mas que, no entanto, tem livre curso o seu uso no seio da sociedade terrena. Ela é uma droga que ataca o sistema nervoso, desequilibrando-o, tal como o fazem o crack, a maconha, o LSD, a cocaína e todas as demais drogas psicoativas.

Ela está ao alcance do bolso de qualquer pessoa, pois que se apresenta muito cara ou bem barata. E tudo de forma LEGAL! É incrível, mas é a verdade, e as nossas autoridades ainda não acordaram para tal fato, ou estão aguardando que medidas proibitivas sérias sejam tomadas, inicialmente pelos chamados países do primeiro mundo, para que só assim se disponham, também, por um rígido controle ou pela proibição em nosso país, já tão cumulado de miséria de todos os tipos.

Ora, é do conhecimento público que o governo arrecada milhões de reais com os impostos taxados sobre as bebidas alcoólicas, esquecidos dos outros milhões gastos com a manutenção dos hospitais públicos que atendem, por determinação governamental, milhões de pessoas com enfermidades que têm as suas origens no uso do álcool. São empresas multinacionais e nacionais que se enriquecem em cima da desgraça do semelhante, provocando, queiram ou não, a lei de ação e reação, ou o carma, como quiserem.

A desculpa esfarrapada, infantil de que "bebe quem quer" não atenua o erro de quem é responsável pela fabricação da bebida alcoólica. Têm culpa, sim, o fabricante e os distribuidores. Eles haverão de responder perante a lei de causa e efeito, proporcionalmente ao grau de participação no ato faltoso, logicamente contrário à lei de Deus.

O álcool, como todos devem saber, é conseguido graças à fermentação de sumos de origem vegetal, tais como da uva e da cana-de-açúcar, ambas possuidoras de glicose. Esta fermentação é conseguida pela interferência de fungos ou bactérias chamadas saprófitas. aquelas que se alimentam de substância em decomposição oriunda de outro ser vivo. (1)

Um dos mais tristes aspectos nisso tudo é que terras férteis, que poderiam estar sendo utilizadas para a produção de alimentos saudáveis, estejam prestando-se à produção de bebidas destruidoras da saúde física e moral do ser humano.

O organismo começa a absorção de uma pequena parcela de álcool pelo estômago e a maior parte pelo intestino delgado. O álcool atravessa o fígado e penetra na corrente sangüínea, alcançando o seu efeito máximo no organismo,e principalmente no cérebro, mais ou menos uma hora após a sua ingestão, variando de conformidade com os organismos e seus funcionamentos. O efeito estonteante perdura por várias horas.

Os efeitos do álcool provocam sobre o organismo, uma grande carência de vitaminas (a chamada avitaminose), o que gera doenças como o raquitismo, que é carência de vitamina D, a pelagra, carência de vitamina B, e beribéri, carência de vitamina B1.

O uso do álcool, pelo ser humano, gera muitos contra-tempos, como: acidentes de trânsito, de trabalho e no lar; faz a pessoa alegre, galhofeira, desinibida, tornando-a digna de escárnio pois que ela não só perde o senso do ridículo mas também o limite de seus atos; faz do homem tímido e fraco um valentão que, invariavelmente, costuma partir para a briga, não obstante, em muitas ocasiões, mal se equilibra em pé; o ébrio costuma cair ao tropeçar nas próprias pernas; torna-se inconveniente, insensível, apaga-se e... morre para os amigos, porque passa a ser intolerável a sua presença. Em suma, o ébrio é digno da nossa compaixão.

O tóxico aqui tratado, malgrado se esconda dentro de garrafas, rótulos e de embalagens sofisticadas, envenena a criatura humana, provocando-lhe danos físicos , muitos deles irreversíveis, além dos males morais que, na maioria dos casos, são motivos para a desestruturação de famílias, desajustes conjugais, desavenças com os filhos...

O álcool afeta o sistema nervoso, provocando depressão, perda de memória, perda de senso da realidade, neurites e morte. Os vários aparelhos orgânicos passam a sofrer os seguintes males: o respiratório - pneumonia, angina de peito, ou angina pectóris; o digestivo - perda do paladar, úlceras gástricas, hemorróidas, hepatite, cirrose, barriga d'água e irritação da mucosa pancreal; o reprodutor - impotência, nefrite ou "Mal de Bright", gota, uricemia; o circulatório- anemia, hipertensão, hipercolesterolemia, arteriosclerose e dilatação dos vasos.

As conseqüências do alcoolismo são o surgimento de problemas nas áreas familiares, sociais, psicológicas e orgânicas, estas já vistas aqui. No lar, os membros da família se desagregam em decorrência de situações grotescas provocadas pelo alcoolizado. Na área social ocorre o fracasso pela perda do convívio sadio, com reflexos, também, no âmbito profissional. Psicologicamente é costume aparecer, e de forma acentuada, o complexo de culpa cada vez que o alcoólatra se embriaga. A baixa auto-estima toma proporções alarmantes, desgastando intimamente o viciado.

O ser humano bebe porque já traz do passado propensão ao vício de beber, e como se mostra, nesta reencarnação, ainda fraco de caráter, desajustado socialmente, sem possuir uma explicação lógica para a vida, busca motivos para o seu alcoolismo em vários fatores que não correspondem à verdade, Alegam, por exemplo, os viciados, que bebem por causa de um amor não correspondido, por perda de emprego, pelos desajustes familiares que enfrentam, pelos problemas financeiros com que se defrontam, pelos momentos de angústia que se vêem obrigados a passar, etc, etc. Nós, espíritas, sabemos que nada disso explica o alcoolismo, e sim o desajuste do espírito reencarnado que, por ignorância com respeito aos valores morais da vida, buscam uma saída através do alcoolismo. Desejam esconder-se, fugir da vida e se perdem ainda mais por não saberem usar a mente racional em vez da emocional.

O alcoolismo pode e deve ser prevenido, bastando que se não o comece em casa, que a sociedade se esforce por não justificá-lo com o "beber socialmente", e que se ofereça a todos uma vivência religiosa que fale, com logicidade, ao entendimento. Só estes fatores quando bem trabalhados, podem curar o alcoolismo da vida terrena. O alcoólatra necessita de esclarecimento, precisa conhecer as verdadeiras origens de sua compulsão ao álcool, as suas limitações e saber que se pode integrar à vida, levar uma existência feliz, ser uma pessoa alegre sem o álcool circulando em suas veias. Sem a busca do auto-conhecimento, sem a compreensão da vida em seu duplo aspecto - material e espiritual -, fica muito difícil a pessoa deixar o vício. Acima de toda iniciativa para que o alcoólatra deixe o vício, necessário trabalhar sua vontade, o querer livrar-se do vício. A sua participação no processo de cura é fundamental.

Como é do conhecimento espírita que nunca estamos sós, há, junto do alcoólatra. um agravante que ele desconhece: a presença de espíritos também viciados em álcool que o acompanham e o incentivam no vício. Esses desencarnados estão sempre ao lado dos "amigos de bar", daqueles que estão sempre dizendo "vamos tomar uma?" São exatamente os mesmos que fogem, que deixam de ser os "amigos" quando o viciado manifesta o desejo de mudar o comportamento, optando por uma conduta sóbria.

O evangelho-terapia-espírita é o mais eficiente medicamento para todo e qualquer mal que acomete o ser humano, sendo que o Espiritismo é o recurso que deve ser usado na obtenção da cura do alcoolismo porque incita fraternalmente, sem imposição, à mudança de hábitos e a uma nova visão da vida.

Descobriram a Fórmula

Durante décadas a Doutrina Espírita foi perseguida e caluniada, especialmente em seus anos iniciais, no século 19 e durante bom período do século 20. Seus adeptos eram desprezados e mesmo ridicularizados em diversas circunstâncias. O tempo passou, a mentalidade brasileira amadureceu e reconheceu no movimento espírita e na própria estrutura doutrinária do Espiritismo toda a seriedade e alcance de seus elevados objetivos. O Espiritismo e seu movimento conquistaram respeito e consideração em território brasileiro, sendo agora mais conhecido e difundido.

Em décadas de perseguições aos médiuns e instituições espíritas, os espíritas mantiveram-se unidos no propósito de estudar, manter as atividades e principalmente viver o espírito de fraternidade que a própria Doutrina ensina e recomenda.

Ninguém desconhece que todas as idéias encontram opositores e ferrenhos perseguidores. Isto em todas as épocas e principalmente aquelas que visem a felicidade e o progresso da Humanidade, como é o caso do Espiritismo ou de outras idéias. E, para nós espíritas, também não é desconhecida a ação contrária, organizada e perseverante, dos espíritos desencarnados – ainda equivocados – que também lutam contra a idéia espírita, pois que não lhes interessa que o planeta progrida.

E, nesta ânsia de desestruturar o movimento organizado, usaram de todos os propósitos e artimanhas, mas sempre encontrando barreiras na sinceridade e no trabalho perseverante e cheio de fé dos espíritas que, embasados no conhecimento da Codificação Espírita, continuam a trabalhar.

Agora, parece que encontraram uma fórmula antes não utilizada. E estão obtendo sucesso, pelo menos até agora. Descobriram nossos irmãos contrários ao progresso das idéias espíritas, que, insuflando idéias de vaidade e falsa superioridade ou posturas de controle e imposição das idéias, conseguem disseminar comportamentos de indiferença e frieza entre os próprios espíritas, explorando a tendência egoística do ser humano. A indiferença é braço forte do egoísmo e daí...

Com isto estamos esquecendo o afeto, a amizade, o carinho, a atenção entre nós mesmos. Ora, esses são ingredientes essenciais. Não podem ser esquecidos, desprezados. Tem que ser vividos integralmente, para que se estabeleçam a espontaneidade e a confiança no trabalho comum.

Felizmente não é regra comum, mas existe esse real perigo em nosso movimento.

Meus amigos, recuperemos a espontaneidade nos relacionamentos, usando a amizade sincera para continuarmos nossa abençoada atividade na seara espírita. Notemos que não é por acaso que os espíritos tem recomendado tanto a união, a fraternidade, a compreensão, a indulgência...

] Não nos deixemos contaminar pela indiferença. Não somos, no movimento ou na própria vida, maior ou menor que ninguém. Não nos consideremos melhores nem piores; apesar das diferenças humanas em vários sentidos, somos todos iguais na origem e no objetivo a alcançar.

Com esse tesouro nas mãos chamado Espiritismo, só há um caminho: felicitarmo-nos mutuamente pela grandeza e riqueza do conhecimento e vivermos a fraternidade que nos reafirma a condição de irmãos...

Que direito detemos de menosprezar o esforço alheio? Como nos permitimos tentar impor idéias ou dominar comportamentos alheios, quando desejamos amplamente sermos respeitados? Quem somos para ditar diretrizes ou fazer comparações?

Somente a aproximação fraterna pelo amor, construído na amizade, será capaz de vencer tal circunstância e destruir essa fórmula descoberta pelos nossos irmãos contrários, que a insuflam justamente para que a renovação do planeta seja ainda uma vez mais adiada.

Olhemo-nos com mais indulgência, benevolência e perdão, para pautarmos nossa vida conforme recomendação da própria índole doutrinária do Espiritismo.

Afinal, como afirma José, Espírito Protetor, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo X, item 16, em mensagem com o título A Indulgência, em seu último parágrafo, “(...) a indulgência atrai, acalma, reergue, ao passo que o rigor desencoraja, afasta e irrita (...)”.

Eis a fórmula encontrada pelos opositores: o rigor desencoraja, afasta, irrita. Sejamos daqueles que usam a indulgência, que, por sua vez, atrai, acalma, reergue, opondo desta forma, aí sim, uma receita de paz que anula os esforços contrários.